terça-feira, 27 de outubro de 2009

Carta aos Professores


Carta aos Educadores do Instituto Estadual Rio Branco


Como sabem nossa escola está numa nova fase. Foi muito importante as ações desempenhadas pela atual equipe diretiva, que inclusive contou com minha colaboração ativa no financeiro durante 4 meses em 2007. No período que fui Presidente do Conselho Escolar conseguimos várias coisas juntos. Entendi que era necessário atacar os problemas e apresentar novas propostas. Cá estou então para te convidar ao novo, as mudanças importantes para valorização de nossa escola. Sim! Unidos podemos fazer uma escola melhor! É o nosso lema.
Para onde vai nossa escola? És chamado para ajudar a decidir as coisas do teu quotidiano de trabalho? O que uma equipe diretiva pode efetivamente fazer para facilitar teu trabalho e favorecer o sucesso escolar de nossos educandos?
Responder esses questionamentos é necessário para superar problemas evidentes como a EVASÃO ESCOLAR e a REPETÊNCIA e a falta de participação nas decisões estratégicas do Instituto Estadual Rio Branco. Desde 2003 tenho um projeto sobre o Laboratório de Informática e nunca tive a oportunidade de apresentá-lo a vocês. Precisamos ter espaço para nos manifestar e inovar, utilizar conhecimentos científicos pedagógicos superando o empirismo e o imobilismo conservador que acha que está tudo bem. O que nos propomos a fazer foi medido e pensado com muita cautela, ao contrário do que alguns dizem, todas as propostas são factíveis nos 3 anos e há recursos atuais e novos a serem buscados para sair da mesmice que não dá para fazer nada, pois não se tem recursos. Para isso precisamos sair do isolamento, buscar parcerias institucionais públicas e privadas. Nossa história e trajetória pessoal é popular e não demagógica. Lutamos pela boa política, portanto não nos apresentamos como um engodo, como políticos qualquer, pois assim fosse não teríamos proposto a eleição direta para vice-direção. Inovamos até nisso. Alguém duvida que faremos a eleição em dezembro? Alguém acha que uma equipe plural não será mais representativa do que da forma tradicional? Inovamos na forma de compor a equipe pois pensamos na política como a arte de conviver com as diferenças, com as divergências de opiniões e com as críticas. Tudo isso porque valorizamos a democracia efetiva em nossa vida. Valorizamos as reuniões públicas, abertas, a fala olho-no-olho e não os bastidores, as conversas de corredor, as fofocas e os ataques pelas costas. Sem meias verdades, sem dissimulação da realidade, reconhecendo erros e acertos do outro ou nossos. Não recuamos no primeiro obstáculo, pois a vida sempre os apresenta para serem superados. Não tem tempo feio para nós. Somos batalhadores e resistentes por isso somos professores, mas agora a tarefa é mais árdua. Veja o que vamos nos comprometer a fazer por nós, pelo coletivo da nossa comunidade escolar:
Nossos princípios serão:
I - publicidade das ações da equipe diretiva. Cada semana saberá o que a equipe diretiva está fazendo, suas metas e objetivos serão expostos no mural ;
II - estímulo à tua participação nas decisões, serás ouvido e respeitadas as tuas opiniões;
facilitaremos teu trabalho e respeitaremos teus direitos;
III - escutaremos todos e só depois tomaremos as decisões;
IV - a democracia será prioridade, o coletivo irá se sobrepor ao individual e à vontade de somente alguns;
V - serão garantidas as Reuniões Pedagógicas e serão novamente implantadas as Coordenações de Área para facilitar as atividades docentes;
PROPOSTAS:
1 - novo sistema de gestão administrativa pedagógica com a finalidade de agilizar e facilitar o quotidiano da escola. Tal sistema terá algumas etapas de implantação. A 1º etapa é a instalação do Ponto Biométrico cuja função será o de garantir agilidade no Setor de Pessoal. Esse sistema não mudará em nada o que já ocorre hoje, atrasos, faltas poderão ser ajustadas e acertadas como hoje já ocorre, apenas será mais barato e eficiente sistema de RH. Um equipamento custa o equivalente ao que se gasta na impressão do livro ponto bimensal em um ano. Aproximadamente R$900,00. No ano seguinte já se paga o equipamento. Para aqueles temerosos pela novidade, argumento que tais equipamentos já funcionam em outras escolas e é possível imprimir as presenças e tê-las arquivadas em papel também, mas isso com o passar do tempo será dispensável. Teremos um período de teste e de avaliações, onde vocês poderão sugerir ajustes, mudanças. Nosso objetivo é racionalizar o RH apenas. Numa segunda etapa será implantado o registro biométrico de presença dos alunos. Na terceira etapa notas e avaliações.
2 – SITE DA ESCOLA
Vamos criar o site da escola que visa facilitar o trabalho dos professores. Vejamos o exemplo, se eu tiver que faltar e não tenho como ir na escola posso enviar uma tarefa por e-mail ou postada no site na minha disciplina; com isso, os alunos não perdem dia letivo. Poderemos também administrar exercícios. Alguns céticos dirão, mas a maioria dos alunos não tem computador, sim isso é verdade mas há um grande número que tem e há os telecentros espalhados pela cidade. É mais uma ferramenta de conhecimento e trabalho com os estudantes. Nossa ideia é criar um ambiente virtual de aprendizagem e eles terão maior acesso ao Laboratório de Informática. Este por sua vez receberá novos cursos, novos softwares educativos e novos equipamentos comprados com verba própria e com projetos institucionais. Disponibilizaremos novos terminais de acesso à rede na biblioteca e em outros locais como o Prédio B e Educação Infantil que de imediato receberá em fevereiro 4 equipamentos (OU NOVOS OU RECICLADOS).
3 – Plano de Ação Pedagógica ou Plano Político Pedagógico – será efetivado um processo realmente democrático para a confecção de um plano que represente a pluralidade criativa e política da escola. Um processo igual e uniforme em cada turno e segmento de modo a produzir um plano conjunto e com a imagem do coletivo da escola e não de alguns “iluminados teóricos”.
4 – Nivelamento e Equalização de Conhecimentos – será efetuado um processo de identificação de debilidades cognitivas de nossos alunos para possibilitar a elaboração de planos de aulas e conteúdos que sejam articulados e eficientes com a realidade dos alunos, das turmas formadas a partir desse processo. Não é teste de QI como alguns distorceram com objetivo de atender sua visão limitada teórica e manter as coisas como estão. Hoje sim há um processo claro e evidente de exclusão social, desempenhada por práticas ultrapassadas e sem embasamento teórico qualificador. É tão evidente que a atual equipe diretiva seleciona os alunos com maior dificuldade e dá aulas de reforço. Nosso objetivo é que os profissionais, hoje aqui presentes, possam eles próprios ser protagonistas da qualidade de ensino sem precisar trazer professores de fora para dar aulas aqui. Então, se for no Yázigi pode ter prova de nivelamento para facilitar a aprendizagem de inglês, mas aqui para os filhos dos trabalhadores não pode valer esse procedimento. Pense nessa contradição!
5 – PROGRAMAS DE APOIO AOS EDUCANDOS E EDUCADORES – Faremos convênios com instituições para podermos contar com serviços como o de Apoio Psicológico tanto para os alunos como para professores. É certo que há manifestações de síndromes como a de Burnout em nosso meio profissional, admitir que há problemas é o primeiro passo para conquistarmos melhor qualidade de convivência entre nós. Outros programas terão a intenção de preparar os educadores para lidar com a inclusão de portadores de necessidades especiais que temos entre os alunos atuais e os que virão. Teremos palestras e minicursos para lidar com Hiperatividade, Depressão, Drogadição etc.
6 – CURSOS DE ATUALIZAÇÃO DOS EDUCADORES – possibilitaremos horários especiais para que se possam realizar cursos e participar de simpósios e seminários de todas as áreas. Nossa intenção é que todos tenham oportunidade de crescimento profissional. Todos deverão ter noções básicas de informática, é nossa prioridade. Vamos realizar um acordo com a SEE/RS para emissão conjunta de certificados para os minicursos realizados aqui em nossa escola.
7 – IMPLANTAÇÃO DO CURSO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE à noite – vamos em janeiro obter os formulários e os requisitos necessários para em março começarmos a debater essa questão e até o meio do ano de 2010, decidido o curso e perfil, encaminharemos o processo de mudança na SEE/RS e no Conselho Estadual de Educação.
8 – RESOLVER A QUESTÃO DAS CÓPIAS – Cada professor terá um cota per capita por aluno por trimestre de modo a ser equânime a distribuição de materiais. Consideramos investimento os materiais destinados aos alunos e não custos simplesmente.
9 – COMISSÃO DE PROMOÇÕES – Será eleita com edital público ok.
VOTE 02 E CONFIRMA - Sim! Unidos podemos fazer uma escola melhor!



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